Dois arquitectos, dois fotógrafos, um país Duas Linhas. Retrato sensorial de Portugal

João Seixas, João Nunes, Mário Alves , Nuno Portas, Samuel Rego, Diogo Seixas Lopes, Delfim Sardo, João Ferrão, Samuel Rego e Álvaro Domingues, entre outros, vão passar pela Ordem dos Arquitectos no dia 30 de Janeiro de 2010. Pretexto? Duas Linhas, o projecto dos arquitectos Pedro Campos Costa e Nuno Louro, vertido para livro e exposição, vai ser o tema central de uma jornada de reflexão que culmina com a abertura da respectiva exposição ao público. A exposição ficará patente até ao mês de Março.

Segundo os autores, o objectivo por detrás da exposição e do livro resultantes do projecto, é fazer “o retrato sensorial do território”. E explicam: “70% da população habita o território português ao longo da costa Ocidental. Apenas 30% da população vive no interior do país, ao longo da fronteira com Espanha. Duas zonas habitadas de diferentes maneiras, com tempos diferentes, ritmos, arquitecturas, paisagens, culturas, velocidades e densidades diferentes. Estes dois mundos, são duas realidades com potenciais e problemas, ambas com naturais ansiedades e características”.

Na linha ao longo da fronteira, explicam, “o território é povoado com imagens de um tempo perdido, desertificado e sem esperança. Com uma paisagem melancólica ainda uma urbanização concentrada, povoada de um imaginário rural, hoje com um potencial turístico, ambiental e um património cultural e arquitectónico invejável”.

O que se encontro ao longo da linha da Costa é outra realidade “claramente urbanizada de forma contínua e dispersa, marcada com as grandes infra-estruturas viárias e ferroviárias, uma paisagem urbana típica das zonas urbanizadas. Aqui encontra-se a sociedade criativa e produtiva, típica das grandes urbes, continuamente em alteração e com uma enorme carga de construção”.

Os arquitectos percorreram os 715 quilómetros do território continental, nas duas linhas, com dois itinerários diferentes e uma metodologia: de Norte para Sul, em tempos e percursos diferentes. “Em 70 pontos pré-definidos foram tiradas 70 fotos. Dois territórios e tempos unidos ponto a ponto pela mesma latitude. Foram convidados dois fotógrafos para 5 registos individuais em latitudes, preferencialmente não consecutivas, à sua escolha. Daniel Malhão para a linha ao longo da fronteira, Nuno Cera para a linha ao longo da costa“.

O resultado do percurso é um livro de cerca 150 páginas, com fotografias e elementos gráficos e prefácio de Álvaro Domingues, Mário Alves, Samuel Rego, João Seixas e João Ferreira Nunes. 

A exposição é feita com os elementos produzidos durante o percurso e poderá ser visitada na Sede Nacional da Ordem dos Arquitectos a partir do dia 30 de Janeiro, todos os dias úteis, das 10h às 18h.

Preço de inscrição: 10 euros

Eis o programa do dia 30 de Janeiro 11.00 h – Abertura

11.30 h –13.00 h – TEMPO

Qual é o tempo do território? A velocidade, implicações na transformação da paisagem, como reflexo social, político e cultural. A paisagem como veiculo da noção do tempo (histórico-identitário).

João Seixas, João Nunes, Mário Alves, Pedro Campos Costa – apresentação do projecto e do tempo

Moderador: Leonor Cintra Gomes

14.30 h – 16.00 h – ESPAÇO

O que constrói o território. O não-modelo como desenvolvimento. Espaço urbano, espaço rural espaço cultural, ligações, redes e novos modelos de desenvolvimento territorial.

Nuno Portas, João Ferrão, Samuel Rego, Nuno Louro – apresentação de imagens e do espaço

Moderador: Carlos Pinto

16.30 h -18.00 h – IMAGEM

Identidade(s)? Reflexões sobre a(s) imagem(s) do território.

Daniel Malhão, Diogo Seixas Lopes, Delfim Sardo, Álvaro Domingues

Moderador: Alexandra Prado Coelho

18.30 h –

Abertura da Exposição na Galeria da Ordem dos Arquitectos

Ficha técnica do projecto

Autores

Pedro Campos Costa, Nuno Louro

Fotógrafos

Nuno Cera, Daniel Malhão

Design Gráfico

R2 design

Os Autores

Pedro Campos Costa

Pedro Campos Costa é Licenciado em Arquitectura pela Universidade do Porto, Portugal em 1997. Pós-Graduação em “Planeamento e Construção Sustentável ” pela FEUCP -Faculdade de Engenharia da Universidade Católica Portuguesa. Trabalhou no UN STUDIO – Van Berkel e Bos, em Amesterdão e com Promontório Arquitectos em Lisboa. Desde Novembro de 2007 Sócio Fundador de Campos Costa arquitectos.

Vencedor do prémio Libero Ferretti “Dove abita l´utopia” – promovido pela Domus Academy – com a intervenção em Roma “Paisagens indivisíveis”, em 2000. Vencedor do prémio “ NEXT GENERATION” – promovido pela revista Metropolis em New York, com o projecto CASA não CASA, trabalho com integração de sistemas fotovoltaicos, em 2006.

Tem realizado diversos projectos artísticos e cenografias. Actualmente é redactor da revista D´ars, sediada em Milão.

Nuno Louro

Licenciado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, em 2000. Frequência do ano curricular no mestrado em “Arquitectura” pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, em 2005.

Colaborou no atelier Pedro Ressano Garcia, arquitectos em Lisboa, no atelier MAXWAN, Architects and Urbanists em Roterdão e no atelier ZT Arquitectos em Lisboa. Desde 2007 que trabalha como freelancer, desenvolvendo e participando em projectos nas diferentes áreas. Bolseiro da Fundação da Juventude para trabalho de investigação sobre a cidade da Amadora no âmbito da “CIDADE E DEMOCRACIA, 25 anos depois: Estudo da evolução das cidades médias nos últimos 30 anos”. Premiado no concurso de ideias “ARTE EM CAMPO”, promovido pelo Instituto das Artes, com o projecto EUROBUS. Vencedor do Concurso para a remodelação de espaços na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa.

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